Ainda considerado tabu, quase não se houve falar em violência infantil em Inhumas. Mas a verdade é que a violência existe, aqui, e em todo Brasil.

Os altos índices de violência que assistimos quer nos telejornais e novelas da tv, quer presenciados no nosso convívio social, gera em nós assombro e medo. Entre as diversas formas de violência que conhecemos, sem nenhuma dúvida, a que mais nos causa repulsa e revolta, é a violência sexual exercida contra crianças e adolescentes.

No Brasil, e também em Inhumas, é crescente o número de denúncias e relatos de abuso sexual infantil, sofridos na maioria dos casos, no seio familiar da própria criança. Ainda considerado como assunto tabu, razão pela qual quase não ficamos sabendo dos casos, é notória a necessidade de discutir a respeito do tema, visando sempre melhores formas de coibir e punir os agressores, protegendo nossos “pimpolhos” amados.

Sim, o assunto é triste. Entretanto, precisa ser falado, discutido, encarado, pela população e autoridades Inhumenses (e de qualquer região do país) para que, quem saiba assim, possamos extirpar a reincidência dessa prática desumana, cruel e silenciosa.

Mas como definir a violência/abuso sexual infantil? Infelizmente não é fácil reconhecer um pedófilo, o que exige de nós uma atenção redobrada para com os nossos filhos, bem como no reconhecimento de possíveis agressores. Habitualmente são pessoas aparentemente comuns, sem característica física que as identifiquem ou as diferenciem de outras pessoas.

O pedófilo, na maioria dos casos homens, é uma pessoa adulta que sente atração sexual por crianças e adolescentes, podendo ou não existir o contato físico. Para o nosso benefício, entretanto, o que eles possuem em comum são alguns comportamentos, sobre os quais pais e crianças/adolescentes devem se cuidar, desconfiar e prevenir.

Alguns desses comportamentos são:

  • Gostam de ficar sozinhos com crianças ou adolescentes, sendo muito atenciosos, convincentes e sedutores;
  • Gostam de fazer “amizade” com criança/adolescente;
  • Sempre procuram agradar sua vítima com presentes, elogios e promessas;
  • Em suas casas possuem vários objetos, jogos, guloseimas para agradar crianças e adolescentes. Usam inclusive animais como cachorros, quase sempre dóceis para atraí-las;
  • Procuram fazer carinho nas partes íntimas de crianças e adolescentes;
  • Sempre pedem para guardar segredo e nunca contar nada a ninguém sobre seus comportamentos;
  • Às vezes, ameaçam a criança/adolescente, algo ou alguém de que goste muito, caso não ceda às suas vontades;
  • Pedem para filmar ou tirar fotos de criança/adolescente, com pouca ou nenhuma roupa e pedem para fazer poses sensuais.

Aos papais e mamães de plantão, às escolas por meio de seus professores, ao cidadão consciente, e, indispensavelmente aos representantes públicos, resta a tarefa de conscientização da criança e do adolescente, prevenindo-os e tornando-os atentos e espertos. Deste modo, menos expostos a qualquer possibilidade de abuso ou violência.

Instrua seus filhos sobre a importância de não se comunicar com estranhos, sobre não sair com estranhos para longe de algum acompanhante de sua confiança, sobre o cuidado com o uso e exposição em redes sociais. É necessário frisar que não se deve falar com eles, sem antes conversar com vocês, ainda que este estranho pareça “bonzinho”.

É bem verdade que a maioria dos casos de abuso sexual infantil é praticado dentro de casa, por parentes de sangue da criança ou adolescente, parentes por afinidade ou ainda pelos responsáveis dos mesmos (pai, irmãos, avós, tios, padrasto, esposo da tia, tutor etc.).

Porém, nada pode justificar sua omissão caso presencie ou tenha conhecimento de uma agressão. Não silencie diante de tamanha barbaridade, procure as autoridades competentes e proteja acima de tudo, a integridade e identidade da vítima. Esse assunto é muito sério!

Portanto se você reconhece ou desconfia de algumas dessas atitudes por parte de alguém, fique atento e denuncie. Abuso sexual infantil é crime e pode causar danos físicos, psíquicos irreparáveis, ou até mesmo a morte de muitas crianças e adolescentes. Prevenir ainda é a melhor opção.

Procure delegacia especializada, se houver, ou mesmo delegacia civil mais próxima (197), o conselho tutelar (3511-1249) ou ainda disque 100. DENUNCIE! Essa responsabilidade é de TODOS.

Quer saber mais sobre o assunto? Recomendamos o portal do Ministério Público Federal, que traz mais detalhes e cuidados a respeito do tema no endereço http://www.turminha.mpf.mp.br/

Redação – FAMI